Aruanda. Eu vou...

"Era uma cidade de flores. Rios e cachoeiras estavam convivendo perfeitamente com as construções singelas, enfeitadas por trepadeiras e flores perfumosas. Era um vale profundo, rodeado de montanhas altaneiras e verdejantes. O ar trazia o perfume de rosas e alfazemas, balsamizando o ambiente espiritual, que estava cintilando com os reflexos de formoso arco-íris, que enfeitava o céu de um azul intenso. Tudo era harmonia. Tudo era belo. As construções pareciam haver sido estruturadas em material semelhante a cristal. E as cachoeiras e rios e lagos pareciam refletir a beleza do Éden. Mas não era o Éden. Crianças de todas as raças corriam pelo vale em alegria indizível. Espíritos operosos pareciam se ocupar em atividades as mais diversas, e caravanas chegavam e partiam em direção à Crosta, levando bálsamo e consolo, lenitivo e esperança. (...) - O nosso lar é tudo isso aqui, onde Deus nos abençoa com seu amor e com o trabalho do bem. Este éo lar de nossos antigos afetos. Você está em Aruanda, a terra do infinito..." 

Esse é um trecho do maravilhoso livro Tambores de Angola que eu terminei de ler hoje, muito emocionado.
Obrigado meu Deus, Pai tão bondoso e misericordioso, por me dar a oportunidade que conhecer os caminhos da vida e através do meu livre arbítrio decidir qual quero seguir. Obrigado meus mentores e amigos espirituais que me conduziram até aqui trazendo esse conforto para o meu coração.

A verde e boa Manaus

Manaus me lembra coisas boas... A primeira vez que estive aqui estava no auge de uma das minhas melhores fases sentimentais. Feliz, apaixonado, correspondido...iludido! Ok, isso foi depois, mas naquele momento tudo era mágico. Foi gostoso encontrar meu amigo Daniel, e conhecer sua esposa Crys, que me levou até Ponta Negra pra conhecer o Tropical e dar um mergulho no "cheio" Rio Negro.
Já no ano passado, com a família RF, estava com o coração tranquilo, paciente, mas era muita alegria, muita diversão, saímos pra vários passeios como o encontro das águas, a extinta zona franca, centro e Teatro Amazonas. Tudo era motivo de risada...
Bom, então vamos ver o que o destino prepara para essa terceira visita que faço à essa magnifica terra onde se não é garantido, é caprichoso!!!

Alívio!

Aí as coisas vão se encaixando em seus lugares. Mudanças podem trazer inseguranças, mas no futuro trás prosperidade, progresso, alegria. E eu tô esperando minha hora de rir à toa. Hoje o dia foi movimentado. Desde cedo na rua, começei minha odisséia de metrô, afinal era o dia do meu rodízio e eu tinha consulta ao urologista logo às 8h da manhã na Vila Mariana. E saí de lá com 723 kg à menos das costas. Tudo não passa de uma infecção intestital aguda e generalizada. Não que não seja uma mera infecção, mas pelo menos não é nada mais grave, apenas um alerta que meu corpo está me dando para cuidar melhor dele. Como disse o médido, meu abdomem é inocente, ou seja, está tudo bem por aqui. Mesmo assim estou seguindo o tratamento que ele me passou e vou fazer os exames também. Depois é só prevenção, afinal agora, eu tenho um plano de saúde bom, e caro...
De lá rumei à estação Armênia do metrô, onde fui fazer o exame biométrico do Detran. E finalmente cheguei à Steps, onde mais uma vez Rosely Fiorelli arrasou na montagem das coreôs do evento LG. Pra fechar o dia fui comer os patéis deliciosos que minha avó faz e ao chegar aqui em casa tomei O BANHO e, mais fresco, relaxo assistindo novela, depois Glee e futebol.
Quero ficar acordado o máximo que eu puder, assim como levantar o mais cedo que puder amanhã, pois quero estar bem cansando na hora de entrar no avião que nos levará durante 4 horas para Manaus.
Bom meião de semana à todos que passam por aqui!!!

Solidão

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida. .. Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma....

Francisco Buarque de Holanda

Ser ou Não Ser?

Assim devia pensar a personagem título de Albert Nobbs (Inglaterra, 2011), filme que eu assisti hoje depois do primeiro dia de ensaio para o evento da LG no próximo mês. O longa conta a história de uma mulher que fingiu ser homem durante 30 anos para conseguir trabalhar e sobreviver na sociedade machista da Irlanda do século 19. É um filme muito bonito, tocante, que infelizmente a única indicação ao Oscar foi pelo belo trabalho da atriz Glenn Close. E se não fosse Meryl a vencedora, deveria sim ser Glenn, que sem dúvida encenou um de seus mais difíceis papéis na carreira. Vale conferir quem ainda não foi.

Bom, amanhã o dia é corrido e espero que seja lindo como foi hoje. Céu azul e sol brilhando e uma noite gostosa acompanhada de uma bela lua! Pelo menos esse cenário é feliz essa noite na Cantareira...

De encantamento e medo!

O dia hoje de cinema! Já sabem né? Dia de folga é dia de telona. E hoje foi dose dupla. Pra começar fui conferir o premiado A Invenção de Hugo Cabret (Hugo, EUA 2011) e não me desapontei. O filme realmente é muito bom e em 3D parece melhor. Mereceu todas as indicações e pena que em algumas não faturou o prêmio. Mais uma coincidência é que o filme francês que empatou com Hugo nas premiações do Oscar é ambientado em Los Angeles, já esse, americano, acontece em Paris. Realmente ontem foi uma noite franco-americana! Depois fiz um intervalinho pra um café na Starbucks da Saraiva, onde degustei alguns livros, para continuar minhas leituras, e segui para a segunda sessão.

A Mulher de Preto (The Woman In Black, Inglaterra 2011) me surpreendeu. Primeiro porque foi a primeira vez que vi Daniel Radcliffe estrelando um filme sem o "rainho" na testa de Harry Potter, e segundo porque gostei da fantasmagórica história. O filme tem aquele clima frio e sombrio e assusta algumas vezes. Tem uma história boa de horror sem muito pânico. É um filme de suspense, espiritual, não tem nada à ver com terror daqueles que você sai pingando sangue do cinema. Gostei mesmo.
Agora depois de uma Pizza Hut vou organizar as coisas pra semana de trabalho que segue.

A França na história do cinema!

A Invenção de Hugo Cabret (Hugo) saiu na frente no número de indicações, 11 x 10 contra o francês O Artista (The Artist), mas os dois acabaram dividindo o posto de filme mais premiado do Oscar 2012. Ambos levaram cinco estatuetas cada. O filme americano porém não levou nenhum Oscar nas categorias mais importantes, ficando apenas com os prêmios de direção de fotografia, direção de arte, edição de som, mixagem de som e efeitos visuais. Já o francês ficou com a melhor fatia do bolo, pois além de ser escolhido o melhor filme, faturou os prêmios de melhor diretor (Michel Hazanavicius) e melhor ator (Jean Dujardin), além de melhor trilha sonora original e melhor figurino. Pela primeira vez na história a academia premiou um francês como melhor diretor e um filme de lingua não inglesa, como o melhor do Oscar. Até o cãozinho Uggie, que brilhou no filme, subiu ao palco pra receber o prêmio junto com a equipe. Muito emocionante!

Entre os coadjuvantes, Christopher Plummer em Toda Forma de Amor (Beginers) e Octavia Spencer em Histórias Cruzadas (The Help), levaram os prêmios. Os Descendentes (The Descendants) levou o prêmio de melhor roteiro adaptado e Meia-Noite em Paris (Midnight in Paris) o de melhor roteiro original com Woody Allen.

Mais um momento muito emocionante foi no prêmio de melhor filme estrangeiro, quando o premiado iraniano A Separação (Jodaeiye Nader az Simin) mostrou que nem sempre a vida imita a arte, pois naquele momento a arte superou a política. Enquanto EUA x Irã protagonizam uma nova guerra fria, a principal instituição de cinema do mundo, americana, sagrou o filme iraniano campeão, dentro de sua própria casa.

Esse filme somente ganhou o Oscar porque o argentino Um Conto Chinês (Un Cuento Chino), não recebeu indicação.

Mas para mim, o momento tão esperado enfim aconteceu. Foi quando o maravilhoso Colin Firth disse: "Meryl, mamma-mia! Viviamos na Grécia, eu era gay, pai da sua filha..." e ao final de tudo "And the Oscar goes to... Meryl Streep!!!"... Minha diva! Esperei anos pra ve-la com essa estatueta na mão!!! Além de melhor atriz, A Dama de Ferro ganhou o prêmio de melhor maquiagem, somando duas estatuetas e assumindo o posto de terceiro filme mais premiado da noite.


Eis a lista completa dos 24 prêmios:


DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA

"A Invenção de Hugo Cabret" (Robert Richardson)

DIREÇÃO DE ARTE
"A Invenção de Hugo Cabret" (design de produção: Dante Ferretti; decoração do set: Francesca Lo Schiavo)

MELHOR FIGURINO
"O Artista" (Mark Bridges)

MELHOR MAQUIAGEM
"A Dama de Ferro" (Mark Coulier e J. Roy Helle)

 MELHOR FILME ESTRANGEIRO
"A Separação" - Asghar Farhadi (Irã)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Octavia Spencer, "Histórias Cruzadas"

MELHOR EDIÇÃO
"Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres" (Kirk Baxter e Angus Wall)

EDIÇÃO DE SOM
"A Invenção de Hugo Cabret" (Philip Stockton e Eugene Gearty

MIXAGEM DE SOM
"A Invenção de Hugo Cabret" (Tom Fleischman e John Midgley)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
"Undefeated" (TJ Martin, Dan Lindsay e Richard Middlemas

MELHOR ANIMAÇÃO
"Rango"

EFEITOS VISUAIS
"A Invenção de Hugo Cabret" (Rob Legato, Joss Williams, Ben Grossman e Alex Hennemg)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Christopher Plummer, "Toda Forma de Amor"

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
"O Artista" (Ludovic Bource)

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
"Man or Muppet", de "Os Muppets" - música e letra de Bret

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
"Os Descendentes" (Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
"Meia-Noite em Paris" (Woody Allen)

MELHOR CURTA-METRAGEM
"The Shore" (Terry George e Oorlagh George)

MELHOR DOCUMENTÁRIO DE CURTA-METRAGEM
"Saving Face" (Daniel Junge e Sharmeen Obaid-Chemoy)

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
"The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore" (William Joyce e Breon Oldenburg)

MELHOR DIREÇÃO
Michel Hazanavicius, "O Artista"

MELHOR ATOR
Jean Dujardin, "O Artista"

MELHOR ATRIZ
Meryl Streep, "A Dama de Ferro"

MELHOR FILME
"O Artista"

Meu mundo inteiro!

Depois de muita alegria com gente do bem na festchenha da Paulinha, resolvi voar pra casa pra assistir a premiação do Oscar. Mas aí me deparei com um mundo desabando lá fora... meu carro quase se afogando em uma correnteza em plena Rua Cubatão no Paraíso. E assim foi, um dilúvio até largar a Nega no Anhangabaú e chegar na Zona Norte que estava... seca? Sim! Seca! Sem uma gota se quer... E assim foi até eu chegar na Serra da Cantareira onde encontrei um céu coberto de estrelas e um calor estonteante... Mas foi por pouco tempo... a chuva já chegou por aqui. Não com a mesma intensidade, porém chuva...

Noite do Oscar

Brasília ficou pra trás, tão logo pisei em Sampa fui almoçar com minha mãezona e já entramos na sala do cinema. E o escolhido foi mais um que recebeu a indicação de melhor filme na festa do Oscar que acontece essa noite. Tão Forte e Tão Perto (Extremely Loud & Incredibly Close, EUA 2011), apesar de contar com vencedores de Oscar, como Tom Hanks e Sandra Bullock, não me impressionou por sua história. É um filme bonito? Sim, é. Mas sinceramente não foi um dos meus favoritos. O filme conta com passagens do fatídico 11 de setembro, que aí sim me comovia, mas no conjunto da obra deixa à desejar.

Mas de qualquer forma, o filme já não era, de fato, o meu favorito, apesar de ainda não ter prestigiado Hugo, que o farei amanhã, depois da noite das premiações.

Boa semana à todos!!!