A VIDA É FEITA DE MOMENTOS... TÔ FAZENDO A MINHA HISTÓRIA!!!



terça-feira, janeiro 11, 2011

Por essa nem eu, nem minha mãe esperávamos quando começamos a caminhar na manhã dessa segunda-feira pelas ruas do condomínio. Tudo dava dicas que seria mais um dia quente em São Paulo. E olha que o tempo nem estava tão aberto assim, não estava calor, e o vento soprava mais frio. Só que ao descer a Serra rumo ao Morumbi, onde passei a tarde trabalhando com a Rosely, já senti a nítida diferença climática. Sampa já estava abafada. Fatalmente Oxum e Iemanjá, rainhas das águas e regentes do ano de 2011, para nós batuqueiros, lavariam a cidade. Mas tudo correu muito bem. Nenhum trânsito pra chegar ao Morumbi, nenhum trânsito pra sair de lá, rumo à Paulista, onde encontrei a Val Sbrissa para uma reunião de diretores do Purãngaw. Jantamos no Latife, falamos dos próximos passos que finalizarão o projeto MAC em 2011 e pegamos um cineminha.
Além da Vida (Hereafter, EUA 2010) é um filme excelente, que mescla o sobrenatural, com histórias tristes e final feliz, além de histórias reais como o tsunami que avassalou a Tailândia e o atentado terrorista no metrô de Londres, há alguns anos atrás. Matt Damon está incrível. Vale muito a pena. Mas mal sabia eu que enquanto nos impressionávamos com a história do filme, a cidade de São Paulo estava virando uma grande lagoa. Só me dei conta disso quando tentei chegar ao bairro dos Campos Elíseos, onde mora a Val, e tive que desviar por várias vezes pra chegar até a casa dela. Além dos pontos sem luz, onde os faróis ainda estavam apagados. Depois dessa primeira odisséia, ainda teria eu de enfrentar outras tantas. E assim foi. As ruas de acesso para voltar à Av. Rio Branco, a saída da Pacaembu rumo ao acesso a Ponte da Casa Verde, a pista local da Marginal embaixo da ponte da Casa Verde, tudo alagado! O Tietê transbordou e a imagem que se via do alto da Ponte da Casa Verde, era triste. Rio e pistas viraram uma coisa única. E ainda peguei o começo da Brás Leme, rumo à Santana alagado. Por outro lado minha mãe me ligava aflita, pois a Serra estava impraticável para subir. Mesmo assim fui teimoso e quis terminar essa noite no aconchego do meu lar. E tanta teimosia me fez ver para crer. Além de ver toda São Paulo, arruinada pela chuva, lixo pra todos os lados e muito caos, vi minha Serra da Cantareira devastada, com vários pontos de deslizamentos, árvores transpassadas ao longo de toda a pista. Muito triste. Que mamãe Oxum e a rainha Odoyá tenham compaixão de nós paulistanos e nos dê uma trégua nessa lavagem da cidade. Está sendo muito difícil esse cenário. E pra completar chego em casa e estamos sem luz. Mas triste mesmo fiquei quando passei pelo Tremembé, no pé da Serra, e vi que as ruas mais baixas estavam debaixo d´água. Na hora liguei pra Thabs do Purãngaw e tive a notícia que não queria ter. Ela estava parada ali próximo, dentro do carro, esperando a água baixar, para poder contabilizar o prejuízo na casa dela, que está inundada, devido ao volume da água que ainda cai por essas bandas. Essa é o tipo da chuva que eu não gosto para dormir. Bom minha querida amiga, estou aqui para te ajudar no que for preciso. E pra quem fica, boa noite e boa chuva!