A nota triste aconteceu hoje de manhã quando eu cheguei na praia. Percebi uma multidão ao redor do que parceia ser uma pessoa descordada e um paramédico fazendo massagem cardíaca para reanimar aquele corpo. Antes que eu pudesse chegar ali perto, desviei para uma barraquinha onde tomei um côco gelado, suplicando a Deus para que salvasse a vida daquele garoto. Sim, era um garoto. Devia ter por volta de 13 a 14 anos. Mas minhas súplicas foram em vão, pois meu desespero e tristeza aumentaram quando o paramédico se afastou e a família chegou para chorar a morte do filho e irmão que acabara de acontecer. O desespero do pai, que cobria o corpo jovem, ferido a sangue no rosto e já roxeado, me comoveu a ponto de transformar toda a bela manhã de sol em uma triste passagem dessas minhas férias. Tentei caminhar pela praia, dar alguns mergulhos na piscina do hotel, mas toda hora aquela triste, e forte, cena era revivida em meus pensametos. Um nó na minha garganta permanece aqui entalado. Todos garotos que eu vi jogando bola, caminhando pela praia, mergulhando, se divertindo me lembrava aquele pobre corpo desfalecido na areia. Sei que, como bom espirita que sou, temos nosso tempo certo nesse mundo, mas a morte ainda sim é uma coisa que me horroriza e ver a dor das pessoas que tem seus laços rompidos com seus entes, principalmente em circunstâncias tão brutas e cruéis como essa, me comovem e me deixam muito, mas muito triste mesmo. Me odiei muito por ser, nesse caso, a pessoa certa na hora errada. Como foi desnecessário ter presenciado isso tudo hoje.
Enfim, é isso. Vou dar uma volta para ver se algo de bom acontece.
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